Produtores com plantios comerciais de citros nos municípios obrigados a realizarem a entrega do Relatório de Vistoria do HLB (greening), referente ao segundo semestre de 2024, devem ficar atentos. O prazo se encerra em 31 de janeiro.

Os citricultores já podem acessar o novo sistema de envio de dados pelo portal de serviços do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A ferramenta oferece funcionalidades como o acesso ao histórico de envios e à situação da produção por semestre. Para acessar a plataforma e enviar o documento, é preciso utilizar o cadastro GOV.br. 

A entrega do Relatório de Vistoria é importante para o monitoramento do Greening, principal doença que afeta as frutas cítricas como as mexericas e as laranjas. Ela é obrigatória para produtores com plantios comerciais de cerca de 275 municípios mineiros (clique aqui), conforme portarias estadual e federal. Além dos 77 municípios onde há registro oficial da praga, a exigência inclui localidades classificadas como de risco, que abrangem áreas vizinhas de estados com foco, como São Paulo, e municípios com maior probabilidade de ocorrência. Essa segmentação considera critérios técnicos, como a presença de focos confirmados, áreas limítrofes e regiões com risco de disseminação do greening.

O monitoramento periódico dessas localidades permite ao IMA acompanhar de forma mais detalhada a situação fitossanitária dos pomares e identificar focos da doença. As informações são essenciais para embasar ações rápidas de controle, evitar a propagação do greening e garantir a preservação da sanidade vegetal no estado. Além disso, o relatório é um recurso estratégico para a formulação de políticas públicas ajustadas às especificidades regionais, assegurando respostas mais eficazes aos desafios enfrentados pelos citricultores.

Com projetos como o "Viva Citros", o IMA reforça a conscientização e orientação dos produtores quanto às exigências fitossanitárias, promovendo medidas preventivas e boas práticas no combate à praga. 

Entenda o que é o Greening

Trata-se de uma das pragas mais graves da citricultura mundial, com alto impacto econômico. Ela pode permanecer assintomática por até dois anos, dificultando sua identificação precoce.  A transmissão se dá por um psilídeo (inseto) contaminado através da chamada ‘picada de prova' que contamina a árvore. “Ela não tem cura, reduz a produtividade e seca os frutos, que se tornam impróprios para a comercialização, explicou o subsecretário de política e economia agropecuária, Caio Coimbra. Quando um pomar é acometido pelo greening, todas as plantas precisam ser eliminadas para conter a disseminação.
 

 

Jornalista responsável: Marina Lemos - Ascom/IMA

Edição: Maria Teresa Leal

Foto: Maria Teresa Leal